quarta-feira, 29 de outubro de 2008

terça-feira, 28 de outubro de 2008

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Papinho 'chapa-branca': uma bela bosta

Na condição de grande pesquisador do comportamento humano, nunca perdi a oportunidade de denunciar um dos tipos mais picaretas de nossa espécie: o “chapa-branca”. Ele é aquele cara calmo e conciliador, que raramente traz algum tipo de fissura no discurso. Por trás daquela vaselina toda enxergamos um hediondo cagaço em dizer o que realmente pensa, com medo de desdobramentos nefastos cujas implicações vão desde uma vermelhidão facial até a falência de toda uma reputação profissional ilibada. No Brasil, o papo chapa-branca é parte da cesta básica, e começa com a nossa patética classe média, que deixa de abrir o berreiro porque tem medo de perder o empreguinho e morrer de fome, passando por notórios babaquaras televisivos, expelindo litros de reflexões precárias num espaço anômico e alheio à argumentações mais consistentes. Se posicionar é um desgaste absurdo na sociedade do medo, doravante faz-se um acampamento em cima do muro e uma enorme torcida para não ser interrogado.



MUITO caco de vidro nos pés dessa galera.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Da série o saco do meu pai


Na foto: eu e o saco do meu pai empalhado

Ser pai hoje em dia deve ser uma foda. Os cabeça-branca tem que aguentar os patéticos arroubos de onipotência juvenil, além da total falência do respeito pela diferença geracional, aquela que garantia algum sustento na magia do passado glorioso vivido pelos velhos. A pele enrugada hoje em dia só serve pra encher os bolsos da LANCÔME e afins. Besteira perder tempo educando filhos, deixemos que o Google se encarregue disso tudo.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

POR QUE TENHO MEDO DE ME APEGAR A UM BARBEIRO



Sempre evitei ficar FIEL à um barbeiro, aliás, barbeiro é um termo em extinção, cada vez mais vemos homens entrando nos werners da vida,amealhados pela nova onda métrow. Tô nessa também, passei a vida inteira cortando meu cabelo em barbeiros pitorescos no largo do machado. Tinha um na galeria CONDOR que os bancos eram carrinhos de formula 1 da década de 50. Era fudido demais, cada vez que eu ia lá minhas pernas estavam maiores e a 'sentada' no banco tornava-se mais desconfortável. Mudava de barbeiro então.Mas o fato é que nunca adotei um barbeiro oficial, aquele maluco de confiança que você sabe que deixará a tampa da lata em ótimo estado.Pra começar, meu formato de cabeça - um geóide ligeiramente planificado - nunca permitiu um corte vistoso, sempre saía com a cabeça maior, com as orelhas salientadas, com mullets e todo tipo de dejeto estético. O principal motivo para que eu nunca tenha escolhido um barbeiro pra cortar sempre, foi justamente o medo de encontrar um cara que cortasse meu cabelo com maestria. Tinha medo de que finalmente uma pessoa achasse um corte perfeito pra minha cabeça intrincada, e um belo dia essa pessoa MORRESSE. Sei que todo mundo vai perecer um dia, mas perder o barbeiro de confiança me traria um desamparo capilar, problema específico demais pra ser resolvido.
Corte fudido, sempre.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008