segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Faxina

Despertou com o som da campainha. Recolheu os papéis, todos espalhados pela mesa. Depois, com um esfregão e um balde d`água, começou a retirar as manchas de sangue do chão acarpetado. Como não tinha sabão, precisou fazer muita força. Em seguida, juntou o vestido – também ensangüentado -, a meia-calça, os sapatos e a roupa de cama. Pôde sentir o cheiro de cânfora enquanto levava a trouxa em direção à máquina de lavar. Por último, empilhou os livros de anatomia e, quase tropeçando, os atirou de qualquer maneira dentro do armário. Pronto. A faxineira podia entrar. Já estava tudo arrumado.

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